Segundo o Boletim InfoMercado Mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), durante o mês de fevereiro deste ano, o consumo de energia elétrica aumentou 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado (2020).
O aumento do consumo foi observado no Mercado Livre de Energia, que cresceu 9,4%, enquanto no Mercado Regulado houve queda de 1,6%.
Esse crescimento no Ambiente de Contratação Livre (ACL) vem ocorrendo desde agosto do ano passado. Um dos motivos têm sido as diversas migrações dos consumidores para o ACL. Ainda que fosse suprimido do resultado da análise da CCEE o montante das migrações, o consumo no ACL ainda teria sido maior que no mercado regulado.
Análise por setor
A CCEE analisou 15 setores, sendo que desses, 14 registraram crescimento. O único que apresentou queda de 2,9% foi o de transporte.
Entre os eletrointensivos houve crescimento de 12,5% para manufaturados diversos, 11,6% para alimentícios, 12,1% para minerais não metálicos e 7,7% para metalurgia e produtos de metal.
Contudo, ao considerar o efeito das novas cargas na análise, houve queda em setores como serviços -7,7%, transportes -6,3%, comércio -3,5% e telecomunicações -2,4%.
Geração
Houve aumento de 1,9% na geração. As hidráulicas apresentaram redução de 5,6%, com geração média de 52.831 MW em 2021 e 55.988 MW em 2020.
Já as térmicas geraram 35,2% a mais, já considerando as importações de 923,69 MW médios no mês de fevereiro.
As usinas eólicas aumentaram 34,2%, ante o mês de fevereiro de 2020, enquanto as solares fotovoltaicas entraram em queda de 0,2%.
Análise regional
Entre os estados do submercado Sudeste/Centro-Oeste, São Paulo consumiu em média 18.294 MW, o segundo com maior consumo foi Minas Gerais com média de 7.423 MW. O menor consumo ficou por conta do Acre, sendo 119 MW.
No submercado Nordeste, a Bahia teve o maior consumo cuja média alcançou 3.503 MW, já o menor foi Piauí com 511 MW.
No submercado Norte, o Pará foi o principal consumidor com a média de 2.703 MW e o menor consumo aconteceu no Amapá, que teve 209 MW.
O submercado Sul teve o maior consumo no Paraná com 4329 MW e o menor em Santa Catarina com 3.756.
Em todos os estados houve crescimento no consumo puxado pelos consumidores livres. Em Minas Gerais, o ACL representa em torno de 40% do consumo total, e aumentou 19,9% no período.