Alessandra Zancope, gestora do Middle Office da Brasil Energias, participou como palestrante de webinar realizado no dia 27 de maio pela UNICA e COGEN. Na ocasião, explicou como é a formação do preço da energia no Brasil, confira.
O Preço da Liquidação das Diferenças (PLD) é usado para valorar as operações de compra e venda de energia no Mercado de Curto Prazo (MCP), mas também é referência para as expectativas futuras de preço.
O PLD é calculado semanalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), por patamar de carga, e tem limites mínimos e máximos. A diferença dele para o Custo Marginal de Operação (CMO), calculado pelo ONS, é a não modelagem das restrições elétricas internas aos submercados. É calculado ex-ante, ou seja, assume premissas para construir a política operativa da semana seguinte e a expectativa do custo da energia naquela semana, por meio de uma cadeia de modelos computacionais:
– Newave – é o modelo responsável pelo planejamento de longo prazo no horizonte de 5 anos e opera em estágios mensais. Como é um modelo de longo prazo não representa de forma individualizada as usinas hidráulicas, definindo o despacho ótimo agregado por reservatório equivalente.
– Decomp – modelo de estágios semanais, é mais detalhado e define o despacho individual das usinas hidráulicas. O elo desses dois modelos é a função de custo futuro (FCF), que traduz para o Decomp o custo de operação do futuro a ser considerado na definição do despacho ótimo das usinas hidráulicas no curto prazo.
Atualmente o PLD é calculado em base semanal por submercado e patamar de carga. A partir de 2021, o preço deverá ser calculado em base horária.